terça-feira, 7 de outubro de 2014

A Raposa e as Uvas (versões de Esopo e La Fontaine) - Especial Vamos Brincar de Ler?

Olá, amores!

Talvez eu já tenha dito por aqui que sou apaixonada por fábulas. Tive a oportunidade de trabalhar com elas, quando participei de um projeto numa escola e tive o prazer estudá-las, enquanto escrevia meu Trabalho de Conclusão de Curso da graduação.

Um dos aspectos que sempre chamou minha atenção foi o fato de vários autores escreverem versões de uma mesma fábula, como veremos a seguir. A fábula escolhida foi A Raposa e as Uvas e, para este post, trouxe as versões de Esopo (um escravo grego que provavelmente no final do século VI a. C. Esopo  não deixou nenhuma obra escrita, mas muitas fábulas são atribuídas a ele) e de La Fontaine (um francês responsável por introduzir definitivamente as fábulas no mundo ocidental).

Feitas as devidas apresentações, vamos aos textos:

A Raposa e as Uvas (Esopo)

Morta de fome, uma raposa foi até um vinhedo sabendo que ia encontrar muita uva. A safra havia sido excelente. Ao ver a parreira carregada de cachos enormes, a raposa lambeu os beiços. Só que sua alegria durou pouco: por mais que tentasse, não conseguia alcançar as uvas. Por fim, cansada de tantos esforços inúteis, resolveu ir embora, dizendo:
- Por mim, quem quiser essas uvas pode levar. Estão verdes, estão azedas, não me servem. Se alguém me desse essas uvas, eu não comeria.

Moral: Desprezar o que não se consegue conquistar é fácil.

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A Raposa e as Uvas (La Fontaine)

Certa raposa matreira,
que andava à toa e faminta,
ao passar por uma quinta,
viu no alto da parreira
um cacho de uvas maduras,
sumarentas e vermelhas.
Ah, se pudesse tragar!
Mas lá naquelas alturas
não podia alcançar.
Então falou despeitada:
- Estão verdes essas uvas.
Verdes não servem para nada!

Como não cabem quatro mãos em luvas,
há quem prefira desdenhar a lamentar.

Até amanhã!
Beijo.

PS. Já viu o post de hoje do Literatura Ilimitada? Então corre lá!


2 comentários:

  1. Muito legal o post sobre fábulas, convivemos bastante com elas quando crianças e ás vezes quando crescemos esquecemos desse gênero, que ao mesmo tempo é muito lúdico.

    Parabéns!

    Beijão,
    William

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    Respostas
    1. Obrigada, William!
      Costumamos esquecer da Literatura Infantil como um todo, infelizmente.

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